Da supresa ao encontrar o sepulcro vazio, à necessidade do anúncio “com pressa” desta boa-nova. O Papa Francisco destacou em sua homilia algunsaspectos que brotam da descoberta que o sepulcro está vazio.
Cidade do Vaticano
Cristo ressuscitou!
“A Páscoa – a festa mais importante da fé cristã, pois é a festa da nossa salvação e do amor de Deus por nós – foi celebrada na Praça São Pedro com a Missa presidida pelo Papa Francisco.
A celebração no domingo de sol e 10°C, atraiu milhares de fiéis de todas as partes do mundo que vêm a Roma para festejar a Páscoa do Senhor e participar das celebrações da Semana Santa junto com o Santo Padre.
Doadas por floricultores holandeses – numa tradição que já dura 32 anos – 50 mil flores transformaram em um verdadeiro jardim o local da celebração.
O Evangelho do dia narra a descoberta de Maria Madalena, de Pedro e de João: o sepulcro está, vazio!
O Papa Francisco destaca dois aspectos desta passagem: o anúncio e a pressa.
O anúncio
Um anúncio que desde os primeiros tempos do cristianismo passou de boca em boca, transformando-se numa saudação: o Senhor ressuscitou!
As mulheres foram até lá ungir o corpo de Jesus e tiveram uma surpresa. “Os anúncios de Deus são sempre uma surpresa, porque o nosso Deus é o Deus das surpresas”, sublinhou Francisco.
E assim aconteceu “desde o início da história da salvação”, “sempre há uma surpresa após outra. Deus não sabe fazer um anúncio sem nos surpreender”.
E o que move o nosso coração, é justamente esta surpresa de Deus, que nos surpreende onde menos esperávamos.
A pressa
E ao depararem-se com esta surpresa, as mulheres vão apressadas contar o que viram. “As surpresas de Deus nos colocam logo em caminho, sem esperar.” “Pedro e João correram”, como “os pastores naquela noite de Belém”, como a samaritana:
“«Esta é uma novidade: encontrei um homem que me contou tudo o que fiz». E as pessoas sabiam as coisas que ela tinha feito. E essas pessoas correm, deixam o que estão fazendo, até mesmo a dona de casa deixa as batatas na panela – ela vai encontra-las queimadas – mas o importante é ir, correr, para ver aquela surpresa, esse anúncio”.
Ainda hoje acontece isto, disse o Papa. “Nos nossos bairros, nos povoados, quando algo extraordinário acontece, as pessoas correm para ver. Vão com pressa. André não perdeu tempo e apressou-se em ir a Pedro para lhe dizer: «Encontramos o Messias».“
As surpresas, as boas novas, devem ser dadas assim, “com pressa”, reiterou Francisco.
Paciência de Deus
E para quem não quer arriscar, e leva algum tempo – como Tomé, que quer tocar as chagas do Senhor para acreditar – “o Senhor é bom”, fica “esperando por ele com amor”, pois “o Senhor tem paciência com aqueles que não vão tão rápido”.
Neste o contexto, a pergunta do Papa Francisco a cada um de nós:
“Meu coração está aberto às surpresas de Deus, consigo ir com pressa ou sempre com aquela cantilena: «Mas amanhã verei, amanhã, amanhã …? »”.
Assim, diante do anúncio, da surpresa, e do ir correndo, a pergunta: “E eu, hoje, nesta Páscoa de 2018. Eu, o que? Você o que?”.