O Grupo de Trabalho (GT) do Mês Missionário Extraordinário 2019, nomeado na 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se encontrou, pela terceira vez, dia 26 de outubro, na sede da entidade em Brasília (DF) para avançar na formulação da proposta que será apresentada ao Conselho Permanente da CNBB, em novembro. O tema do mês será “Batizados e enviados”, focando o Batismo como fundamento da dimensão missionária, e o lema: “A Igreja de Cristo em Missão no Mundo”.
Esta reunião, segundo o bispo de Chapecó (SC), dom Odelir José Magri, coordenador do Grupo de Trabalho do Mês Missionário Extraordinário 2019, debruçou-se sobre as sugestões apresentadas pelos bispos à proposta apresentada pelo GT na reunião de setembro deste ano do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da CNBB.
O GT buscou seguir a orientação dos bispos de não propor uma sobrecarga de ações para além do que as dioceses já fazem. “Vamos buscar integrar as ações do Mês Missionário Extraordinário na dinâmica do que as paróquias e dioceses já tem”, disse dom Odelir. O religioso disse que tem “muita brasa no fogo” em referência às ideias que o GT proporá, mas que as dioceses, pastorais, organismos, entre outros, terão a liberdade de fazer e criar sua programação a partir das sugestões.
Neste sentido, como ponto de partida, o grupo propõe uma abertura oficial do Mês Missionário Extraordinário 2019, em setembro do próximo ano, na sede da CNBB, na sequência, dia 1º de outubro, no Santuário Nacional de Aparecida, como parte da novena do santuário, o GT proporá também como abertura do mês. A proposta é que as dioceses também façam algum sinal neste sentido para marcar o início deste mês.
Orientados pelo desejo do papa Francisco de a Igreja crescer na consciência da sua dimensão missionária “além fronteiras”, o grupo também avançou na formulação da Novena Missionária com as temáticas de cada dia e sugestões de testemunho. Os testemunhos da novena, segundo dom Odelir, buscarão apresentar as experiências missionárias da Igreja no Brasil, seja de regionais com missionários fora do país, a experiência missionária no Haiti, de religiosas, novas comunidades e periferias e as igrejas irmãs na Amazônia.
Texto base – O GT também está elaborando um texto base com três partes que buscará aprofundar as concepções sobre missão (ad gentes, além fronteiras, entre outros), apresentará subsídios (carta do papa Francisco, do cardeal Fernando Filoni, a logomarca, o cartaz, calendário das atividades no ano, entre outros) para ajudar no planejamento das ações locais.
Dom Odelir explicou que a proposta é que o tema do Mês Missionário Extraordinário tenha um gesto concreto (visita a um asilo, presídio, entre outros) a ser realizado no sábado, 19 de outubro, dia que antecende o Dia Mundial das Missões. Na noite do sábado, o GT proporá uma vigília e partilha da experiência vivida no gesto concreto. No domingo, a realização da Coleta Missionária cuja parte arrecada é enviada para o Vaticano para colaborar com a Missão da Igreja no mundo.
O coordenador do GT informou que vai propor que todos os santuários do Brasil busquem retomar os testemunhos missionários e que as paróquias dediquem, nas novenas dos padroeiros, alguns dias para refletir sobre a dimensão missionária. As Comissões Episcopais Pastorais da CNBB também serão provocadas a inserir em suas programações a temática das missões.
Todas as propostas serão apresentadas aos bispos na Reunião do Conselho Permanente da CNBB. Na 57ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio de 2019, o GT espera que uma das celebrações sejam dedicadas à missão. “Vamos entregar aos bispos a bandeira, uma cruz missionária e todos os subsídios preparados”, disse.