A proposta de modernização da marca da CNBB foi apresentada e aprovada pelo bispos do Brasil na terça-feira, 30 de agosto. Foi desenvolvida pela doutora em design e especialista em marcas, Dulce Albarez, a partir das indicações de um trabalho de conclusão da pós-graduação em Marketing Digital e Negócios Estratégicos realizada na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, desenvolvido pelos jornalistas Larissa Carvalho, Manuela Castro e Willian Bonfim, membros da Assessoria de Comunicação da CNBB.
O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Mol, falou que trata-se de uma prática comum no mundo corporativo e das organizações, de tempos em tempos, desenvolver um processo de “rebranding” termo do campo da comunicação e marketing, que significa um processo de reposicionamento da marca junto aos seus públicos. “A modernização da marca é parte deste processo”, disse.
O jornalista e mestre em comunicação pela Universidade de Brasília, Willian Bonfim, informou que a modernização da marca da CNBB é resultado de um estudo aprofundado e “que a sua reformulação é compreendida como parte do processo de renovação que a entidade está passando, com a atualização de seu Estatuto, a reforma de sua sede em Brasília e demais novidades que o Sínodo 2023 está fazendo brotar na Igreja”.
O jornalista lembrou também que a modernização da marca é uma das ações previstas no Plano de Comunicação da CNBB (2019-2023), aprovado pelo Conselho Permanente da entidade em 2020.
Para embasar os estudos do desenvolvimento da nova marca, foi realizada uma escuta quali-quantitativa com 848 pessoas, entre bispos, jornalistas, fiéis católicos, agentes pastorais, representantes de organismos, os bispos membros da atual presidência e membros das campanhas e projetos realizados pela entidade para diagnosticar como avaliam e percebem a marca.
“Um dos problemas identificados foi o fato de não haver um manual que padronize o uso da marca e que, em razão disto, se percebeu diferentes tipos de aplicações e usos, dificultando assegurar a identidade da CNBB”, ressaltou Willian.
O jornalista reforçou também que a proposta de renovação da identidade visual não é uma mudança brusca mas consiste em sua modernização, à luz das tendências do designer contemporâneo, mantendo e considerando os elementos, símbolos e significados que fazem parte da tradição da instituição, sobretudo de uma marca com 70 anos como a da CNBB.
Marca aprovada pelos bispos
A assessora de Comunicação da CNBB, Manuela Castro, apresentou a proposta de modernização da marca que foi desenvolvida com base nas palavras e valores que mais foram sugeridos na pesquisa: “unidade, fraternidade, sinodalidade, comunhão, colegialidade e amor”.
Ela reforçou também que foi desenvolvida uma tipografia específica para a marca. “Na concepção da assinatura visual, o posicionamento do cajado mudou de sentido para que a pomba, que representa o Espírito Santo, e o olhar dos pastores estejam voltados para a atualidade, para o presente e para frente”, apresentou.
Processo de implementação
A marca, com a explicação dos seus sentidos, será oficialmente lançada no dia 14 de outubro, data do aniversário de 70 anos da CNBB. Após a aprovação pelo episcopado, inicia-se uma fase de construção do seu Manual de Aplicação e Padronização no qual constará seus significados, sua política de gestão e as regras de sua utilização e aplicação. Cumprida esta etapa, será feita uma rodada de conversa com os departamentos, organismos vinculados e regionais da CNBB com vistas a manter a unidade na sua implantação e uso, garantido o reforço da identidade da instituição.
Por Vanuza Wistuba