Acabou de ser publicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil o segundo volume do subsídio “Pensando o Brasil”. O texto foi aprovado na 53ª. Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no mês de abril, próximo passado, em Aparecida SP. Este segundo volume trata das desigualdades sociais no Brasil e é uma contribuição importante para análise e busca de respostas sérias sobre o tema. À luz do Evangelho, o segundo volume analisa situações como a crescente violência no país, e a chocante corrupção endêmica que é algo que aumenta a desigualdade. Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB comentou: “Somos sempre convidados a pesquisar e a refletir sobre as relações e as situações concretas vividas pelas filhas e pelos filhos de Deus aqui no Brasil”.
Hoje é difícil negar a crescente corrupção no Brasil que tem diversas consequências: a desigualdade social e econômica, a marginalização de parte de nossa sociedade, o retardamento no progresso da economia do país, a favelização, o deplorável pobreza e miséria, a extrema condição de renda, os salários baixíssimos, a fome, o desemprego, a marginalização e o crescimento da criminalidade e da violência etc. Sem dúvida a desigualdade social vem muito acentuada no Brasil, que é, segundo dados da ONU de 2009, a oitava país com o maior índice de desigualdade social e econômica no mundo! Não devemos esquecer que mais de 50% dos pobres do Brasil são da raça negra enquanto 25% dos brancos estão na mesma condição social.
O segundo volume do subsídio “A Desigualdade Social no Brasil” está dividido em três partes. A primeira fala da desigualdade estruturante da sociedade brasileira e apresenta elementos da realidade do país, como “o limite das políticas públicas, a concentração econômica e financeira, o mecanismo da dívida pública com a taxa básica de juros, a inclusão de parte da população no mercado de consumo sem reformas estruturais e as Políticas de Direitos Sociais”. A segunda parte do texto é dedicada ao olhar da Igreja sobre a desigualdade social. A terceira parte titulada “Interpretação Final” mostra o desejo do episcopado brasileiro de buscar novos caminhos de convivência. Para citar o secretário geral da CNBB novamente: “Estamos necessitados de um novo horizonte que priorize a vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns. A desigualdade será sempre menor, na medida em que a justiça, novo nome da paz, conduzir os passos de todas as pessoas, especialmente dos que têm a responsabilidade do poder público”. Exemplares deste subsídio estão disponíveis nas Edições CNBB e nas livrarias católicas.