Celebração da Colheita rende graças a Deus pela produção da agricultura familiar, na diocese de Crato



 



Render graças a Deus pelo bom inverno, os alimentos produzidos e fazer alerta para a defesa dos direitos do homem do campo e a preservação do meio ambiente.  Essa é a intenção da “Celebração da Colheita”, promovida há 26 anos,  pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais das cidades de Altaneira, Araripe, Assaré, Nova Olinda, Santana do Cariri e Tarrafas, com a apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT).


Este ano, a celebração aconteceu em Tarrafas, onde está localizada a Paróquia Nossa Senhora das Angústias. O bispo diocesano de Crato, Dom Gilberto Pastana, presidiu a Santa Missa, rezada na manhã deste domingo, dia 27 de maio, Solenidade da Santíssima Trintade. Concelebram a Eucaristia os padres Paulo Costa (Assaré), Vileci Vidal (Araripe) e Luismar Rodrigues (Tarrafas), assistidos pelo Diácono Davi Neto (atualmente em estágio pastoral na cidade de Santana do Cariri).


Na homilia, citando o exemplo da Santíssima Trindade, disse que os cristãos não podem viver no isolamento, no individualismo. Antes, devem levar em consideração o sentido de pertencimento, tanto à Igreja quanto à comunidade. E reforçou a importância da organização dos trabalhadores em associações e sindicatos, para garantir a manutenção dos seus direitos.


Camponeses em defesa da vida e dos direitos


A Celebração da Colheita, além de render graças a Deus pelos alimentos produzidos, faz memória à luta do homem do campo por diretos. “Significa uma nova investida na reflexão sobre o meio-ambiente, desafio para a sociedade, que nós vamos afirmando através de uma produção agroecológica, também através da organização dos trabalhadores, defendendo o seu direito de estar no campo, de garantir a sua aposentadoria. Nós estamos trazendo também a reflexão contra as novas leis trabalhistas e a criminalização dos movimentos”, disse o coordenador diocesano de Pastoral e pároco de Araripe, Padre Vileci Vidal.


No momento do ofertório, os trabalhadores depositam tudo que foi produzido ao longo dos últimos meses: feijão, milho, arroz, banana, dentre outros alimentos, revertidos para o Seminário Diocesano. Antes da Santa Missa, os agricultores também participaram de caminhada, com cartazes e bandeiras que traziam reflexão sobre as novas leis trabalhistas e a criminalização dos movimentos.


Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação