O Patriarca da Babilônia dos Caldeus, em nome dos catorze novos cardeais, agradece ao Papa pelas nomeações em países onde os cristãos estão em dificuldade.
Cidade do Vaticano
“A nomeação cardinalícia não é um prêmio ou uma honra pessoal”, mas é o envio para a missão com a veste vermelha, que significa dar a vida até o fim, até o derramamento de sangue, levando o Evangelho da alegria.”
Foi o que disse o patriarca de Babilônia dos Caldeus, o novo cardeal Louis Raphaël I Sako, ao se dirigir ao Papa Francisco, em nome de todos os novos cardeais, no início do Consistório desta quinta-feira (28/06), agradecendo-lhe a confiança neles depositada e por chamá-los a servir com mais amor a Igreja e todos os homens.
“Alguns muçulmanos fizeram-me votos de felicitações”, disse o patriarca Sako. Na verdade, expressaram “a sua admiração pela abertura da Igreja” e pela proximidade do Papa às pessoas “em suas preocupações, medos e esperanças”.
“Os novos cardeais têm a esperança de que o esforço do Papa na promoção da paz mude o coração de homens e mulheres para melhor e contribua para garantir um ambiente digno a toda pessoa humana.”
O cardeal Sako ressaltou a importância de novos cardeais de diferentes países, demonstrando a “vitalidade” e a “abertura” da Igreja e sua catolicidade, portanto, sua universalidade. Em particular, o novo purpurado enfatizou a atenção do Papa para as Igrejas Orientais, “e para o pequeno rebanho que formam os cristãos no Oriente Médio, no Paquistão e em outros países que passam por um período difícil por causa das guerras e do sectarismo e onde ainda há mártires”.
O chamado do Papa Francisco dá aos catorze novos cardeais a “esperança de que a tempestade atual passará e será possível conviver juntos em harmonia”.
“O compromisso é garantir apoio e colaboração ainda mais intensos” para promover “a cultura de diálogo, do respeito e da paz em todos os lugares, em particular onde mais precisa, como no Iraque (a terra de Abraão), na Síria, na Palestina, no Oriente Médio e em todo o mundo”, disse ainda o cardeal Sako.
“Nós, hoje, na sua presença, queremos renovar a nossa fidelidade, o nosso amor à Igreja e ao nosso povo com a promessa de que faremos o máximo para sermos testemunhas alegres da nossa fé, do nosso amor, da gratuidade, do perdão e da construção da paz no mundo de hoje, que vive na indiferença, no consumismo e nos conflitos de poder e interesses”, concluiu o novo purpurado.