Evangelizar não é só uma questão de dinheiro, é luta pelo Reino!
Não dá para se dizer batizado e se negar a ser evangelizador. Evangelizar não é fazer discursos bonitos, ou quem sabe até operar “milagres”. Evangelizar é anunciar Jesus Cristo e a sua paixão pelo Reino e pela Humanidade. Não é suficiente dizer que acredita, ou participar de missas, é preciso muito mais que isso para ser católico de verdade. Não será a fixação pela sã doutrina, que levará alguém ao Céu, e sim, a vida de verdadeira doação da própria vida ao serviço do Reino de Deus, que passa necessariamente pela vida das pessoas.
A conversão não acontece só porque se ouviu um belo sermão. Quem se converte, se converte pela maneira como foi amado, acolhido, principalmente em seus momentos de maior fragilidade.
A CE é um momento especial para que cada católico possa de verdade demonstrar a sua fé. A fé só se comprova pelas obras, e por isso, muitos católicos de comunhão e confissão quase que obsessivas, poderão ficar fora do Reino. Não é o número de comunhões e confissões, que vão garantir o ingresso no paraíso.
Não foi sobre isso, que Jesus Cristo falou, quando deu a entender como seria o processo de julgamento para o Ingresso na Vida Eterna, mas foi sobre o que cada um está fazendo para os mais pequeninos.
Nós católicos já sabemos, o que nos garantirá o Céu, mas não custa nada recordar. As chaves da porta do Céu estão guardadas nestas palavras de Jesus, que estão ao alcance de todos: “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25,31-46).
Não existem outros meios, que sozinhos podem levar alguém para a salvação. Quaisquer outros caminhos, que não passarem por esta passagem do evangelho, o deixará no meio da estrada, e todo o seu esforço terá sido em vão. Se suas vestes são impecáveis, se suas orações são as mais ortodoxas e se seu corpo for o mais puritano e mortificado, mas se suas mãos não se estendem ao outro, se seu coração não acolhe com ternura e sem fingimento e seus bolsos não se esvaziam para matar a fome de alguém, tudo terá sido em vão. Sem Mt 25, 31-46 não se vai ao Céu, não se terá salvação.
A Campanha de Evangelização deste ano de 2021 traz como tema o “Ide, sem medo, para servir”. Uma expressão do Papa Francisco em sua homilia de encerramento na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Brasil. Neste envio missionário, o Papa nos convida a ir além do medo, enraizados na fé, sem nos deixar esquecer que, quem evangeliza é também evangelizado. Quem transmite a fé recebe mais alegria. Quem assume a alegria de evangelizar como estilo de vida se compromete com a construção de uma nova realidade e, por meio do testemunho, dá visibilidade ao Reino de Deus.
“Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo” (Papa Francisco, Rio de Janeiro, 28 de julho de 2013).
Uma das atividades da CE é também a contribuição com algum dinheiro que será recolhido nos dias 11 e 12 de dezembro. Com esse dinheiro, a Igreja apoia a evangelização em todos os cantos do mundo. O dinheiro é muito importante na CE, mas não é o mais importante. Se você não tem dinheiro para doar, doe a sua vida, a sua presença.
Evangelizar não é uma questão de dinheiro, é luta pelo Reino! E todos podemos lutar para que esse Reino triunfe cada dia mais em todos os corações, principalmente daquelas mulheres e daqueles homens, que não têm quem fale por eles.
Campanha de Evangelização 2021, um grande passo para o Reino.
Fonte: Regional Oeste 1