A missa desta quinta-feira, 18 de abril, foi celebrada na intenção dos 60 anos da Campanha da Fraternidade (CF) e dos 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). O arcebispo de Manaus (AM), cardeal Leonardo Steiner, presidiu a celebração que foi concelebrada pelo bispo auxiliar de São Paulo, dom Ângelo Ademir Mezzari, e pelo segundo vice-presidente da CNBB, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson.
Na homilia, o cardeal Leonardo Steiner, aprofundou o sentido bíblico da ideia de que “o Pai atrai”, extraída de Jo 6, 44-51. “Que palavra extraordinária e animadora que acaba de ser anunciada: ‘Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai” (o 6,44). Não que tenha atraído, mas que atrai. Somos continuamente atraídos pelo Pai; ele é um movimento atrativo”, reforçou.
O cardeal relacionou a atração do Pai ao processo de iniciação à vida cristã que torna seus seguidores discípulos e discipulas de Cristo. “No ‘atrai’ somos despertados para a gratuidade do ‘o seguir Jesus, fugindo de moralismos, da ideologização fé, de acharmos que podemos aprisionar em conceitos e dogmatismos as delicadezas da atratividade de Deus”, disse.
Dom Leonardo enalteceu a celebração pelos 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil, CRB. “Os religiosos se fazem presença no Brasil com a chegada dos europeus. A Vida religiosa é a visibilização na Igreja do quanto o Pai atrai em Jesus. Com a CRB fazemos memória do testemunho do “atrai” do Pai, recordamos a mística da gratuidade, agradecemos a profecia da Vida Religiosa e desejamos que ela continue a ser sinal de esperança. Rezamos para a vida religiosa permanecer no Amor atrativo (cf. Jo 15,9). Os 70 anos é um convite reconhecer que a vida religiosa consagrada é a expressão da força atrativa de Deus e da correspondência ao amor atrativo”, disse.
O arcebispo de Manaus reforçou que a Campanha da Fraternidade é uma expressão da forca força atrativa do Pai, pois caminho de conversão e libertação. “No caminho salvífico da quaresma somos acordados para a benevolência atrativa de Deus meditando, rezando, discutindo tantas realidades que contradizem o Reino, o cuidado amoroso de Deus. Em tudo sermos a fraternidade, pois atraídos pelo amor. A fraternidade só é possível quando o amor está a guiar as palavras e as escutas, as nossas relações. “Vós sois todos irmãos e irmãs”! A irmandade não nasce da dominação, mas da atração”.
Confira a íntegra da homilia (aqui)