Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu nesta sexta-feira, (12/06), capelães que servem em aeroportos de 23 países e que vieram a Roma para o Seminário mundial. Francisco recordou as particularidades do apostolado nos aeroportos, que o Pontífice definiu como “lugares de fronteira” por ser ponto de encontro de tantas pessoas. Recentes estatísticas revelam que quase 30 milhões de voos foram registrados em 2014, com mais de 3 bilhões de passageiros transportados.
Ambiente multicultural
Ao recordar que pelos aeroportos passam desde turistas, crianças e idosos, até migrantes e refugiados sem documentação, o Papa não esqueceu do desafio que representa levar a Palavra de Cristo também àqueles que todos os dias trabalham nos aeroportos.
“Anunciar o Evangelho em nossos dias quer dizer aliviar os fardos que pesam sobre o coração e sobre a vida das pessoas; significa propor as palavras de Jesus como alternativa às promessas do mundo que não trazem a verdadeira felicidade”, disse o Papa.
Lugar de Unidade
Francisco disse ainda que os capelães devem estar preparados para imprevistos que, no caso da avião civil, trazem consigo situações dramáticas como, por exemplo, em acidentes aéreos e desvio de rotas. “Também nestas circunstâncias o capelão é chamado e procurado por quantos precisem de conforto e encorajamento”, reiterou o Papa.
Diante da diversidade dos aeroportos, que parecem “cidades dentro de cidades”, onde múltiplas realidades se entrelaçam e se sobrepõem, as capelanias deve ser lugar de unidade, exortou Francisco ao instar os capelães a “escutarem sempre o Espírito Santo, que cria unidade na diversidade”.
Por fim, o Papa encorajou os capelães para que nestes “lugares de fronteira” que são os aeroportos, “haja espaço para encontrar e praticar o amor e o diálogo, que alimentam a fraternidade entre as pessoas e preservam um clima social pacífico”. (RB)