Dom Darci José Nicioli, arcebispo de Dimantina (MG), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB acompanhou de perto a movimentação em torno das inscrições para a edição deste ano dos Prêmios de Comunicação da CNBB. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Portal.
Qual a avaliação que o senhor faz da primeira fase dos prêmios de comunicação da CNBB?
A receptividade dos comunicadores foi ótima. Temos mais inscritos do que no ano passado e isso significa que estamos em plena retomada do interesse do mundo da comunicação dentro e fora da Igreja pelos prêmios de comunicação da Conferência. Nós, da Comissão de Comunicação, conseguimos realizar um bom trabalho nos últimos meses do ano passado e no primeiro mês deste ano para ajudar a facilitar o acesso dos interessados a apresentar trabalhos que coloquem em relevo valores humanos e cristãos. Fizemos parceria com uma agência de comunicação que, gratuitamente, está fazendo toda a gestão digital do processo.
Que característica dos inscritos que o senhor poderia destacar?
Ao fazer o balanço das inscrições, percebemos que todas as regiões do Brasil estão representadas: desde Manaus até cidades do interior do Rio Grande do Sul. Essa participação nos leva a renovar a certeza de que comunicadores de todo o País continuam a valorizar a iniciativa da CNBB. Por outro lado, a presença dessas pessoas no processo de escolha dos prêmios traz muita alegria para os Irmãos bispos e para toda a Igreja.
Qual será a próxima etapa dos Prêmios?
Agora, chegamos a uma parte importante do nosso trabalho. A assessoria da Comissão vai encaminhar todos os trabalhos inscritos para os especialistas. Contamos, graças a Deus, com ajuda de quatro universidades católicas e de um grupo de São Paulo que reúne representantes da Signis Brasil e a Rede Católica de Rádio. Essas pessoas assumem a grande responsabilidade de analisar, a partir de agora e com muito critério, cada uma das reportagens, documentários, filmes, programas de Rádio, matérias jornalisticas, portais, sites, blogs, iniciativas em redes sociais e aplicativos que foram inscritos. Esse trabalho leva tempo e exige muito de todos esses profissionais. Agradecemos a boa vontade desses colaboradores e estamos confiantes de que dessa fase sairão os três melhores trabalhos de cada categoria para serem enviados ao júri de bispos.
E em seguida, o que acontece?
Os bispos escolhem os ganhadores. Essa, na verdade, foi uma das contribuições que nossa Comissão está deixando na história dos prêmios da CNBB. Incluímos essa fase na qual, os Irmãos bispos analisam, com exclusividade, cada um dos trabalhos finalistas que os professores e especialistas de todas as áreas contempladas pela premiação e que foi entregue aos membros do júri espiscopal. Esperamos que isso ocorra até a metade do mês de maio.
A escolha das Menções Honrosas dos Prêmios, segundo o Regulamento, é da competência da Comissão. Neste ano, no entanto, sera feito algo diferente. Como será isso?
Essa foi uma ideia interessante que surgiu no ano passado no âmbito de nossa Comissão. Levamos a proposta ao Consep e depois de uma boa reflexão, decidimos fazer uma experiência diferente este ano. Daremos uma Menção honrosa em cada categoria. O público vai escolher numa votacao online qual finalista – independente da escolha dos bispos – que vai receber o troféu Ir. Doroty Stang. Tudo isso será realizado em caráter experimental, repito. Isso significa que iremos analisar os resultados e voltar a conversar se continuamos ou não com essa prática. Espero que as comunidades participem.
E a cerimônia de entrega dos Prêmios de Comunicação também terá novidade este ano?
Sim. A cerimônia deste ano volta a ser realizada durante um encontro de comunicação. Por alguns anos, entregamos os prêmios durante a assembleia anual da CNBB, mas, aos poucos, percebemos que esse compromisso sobrecarregava ainda mais a já dura rotina dos bispos durante a assembleia. Por isso, os Irmãos acharam melhor que retornássemos aos encontros nacionais que promovemos em rodizio: um ano, os prêmios serão entregues no Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, a Pascom e, no outro, no Mutirão Brasileiro de Comunicação, o Muticom. Este ano, vamos ter uma bela festa, em julho, durante o encontro, em Aparecida, dos agentes da Pascom.