“Sejam sinais de eseprança, que aliviam os momentos de solidão e sofrimento na enfermidade”, disse Francisco aos membros da Sociedade Italiana de Combate à Distrofia Muscular, doença genética degenerativa, que acomete, geralmente, crianças entre 1 e 6 anos.
Cidade do Vaticano
O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (02/6), recebendo, na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 1.500 membros da Sociedade italiana de Combate à Distrofia Muscular.
A distrofia muscular, recordamos, é uma doença genética degenerativa, que acomete, geralmente, crianças entre 1 e 6 anos, provocando fraqueza e perda progressiva da função muscular. Trata-se de uma doença grave que não dá nenhuma expectativa de vida.
Em seu discurso aos numerosos presentes, o Papa cumprimentou e agradeceu “aos sócios e voluntários da Sociedade, que prestam um generoso serviço, em todo o território nacional, aos pacientes acometidos por distrofias e outras patologias musculares. E acrescentou:
“Para eles, vocês são sinais de esperança, que aliviam os momentos de solidão e sofrimento, e estímulo para enfrentar a enfermidade, com confiança e serenidade. Sua presença assegura-lhes uma assistência preciosa, em âmbito médico e social, além do calor humano, do diálogo fraterno e da ternura. A reabilitação física pode e deve ser acompanhada por uma reabilitação espiritual, composta de gestos de solidariedade, um serviço para combater a dor física, mas também o sofrimento moral de abandono e isolamento”.
Entre as caraterísticas de tal serviço, o Papa recordou a gratuidade, – para além dos interesses ou ideologias, – discrição, fidelidade, atenção, prontidão, eficácia, humildade, serenidade, determinação, pontualidade, perseverança e respeito pelo paciente. Por isso, Francisco animou os membros da Associação italiana de Combate à Distrofia Muscular:
“Encorajo-os a prosseguir nesta trajetória, tornando-se, cada vez mais, testemunhas de solidariedade e caridade evangélica. Seu precioso serviço é um fator peculiar de humanização, que leva a sociedade a ser mais atenciosa com a dignidade humana. Jesus compartilhou, até à morte, da nossa realidade terrena, ensinando-nos a agir com caridade, que é a forma mais eloquente do testemunho evangélico”.
Neste sentido, o Santo Padre recordou os inúmeros homens e mulheres cristãos, que, ao longo dos séculos, se dedicaram com amor ao próximo sofredor, como José Cottolengo, Luís Guanella, Luís Orione.
Francisco concluiu seu discurso recordando a importância da ajuda e da assistência a quem sofre, bem como o testemunho cristão, sobretudo entre os jovens, que devem ser educados a uma cultura de solidariedade e acolhida, aberta às necessidades das pessoas mais frágeis.
Por fim, o Papa afirmou que “quem sofre compreende mais o valor do dom divino da vida, que deve ser tutelada, desde a sua concepção até ao fim natural”.