As emissoras de TVs de inspiração católica têm ao longo dos anos fortalecido o projeto evangelizador da Igreja no Brasil. A proposta de levar um conteúdo de qualidade que se diferencia pela promoção da cultura, da educação e do Evangelho tem sido cumprida com êxito e ganhou mais força com a criação da Signis Brasil – instituição que vamos conhecer mais nesta matéria especial sobre “Quem faz a comunicação na Igreja no Brasil”.
Desde o início da semana, o portal da CNBB está publicando uma série de matérias especiais rumo à celebração do 55º Dia Mundial das Comunicações, no próximo domingo, 16 de maio – solenidade da Ascenção do Senhor.Há dez anos em solo brasileiro, a associação católica reúne representantes de veículos radiofônicos, televisivos, impressos e digitais de todo o país.
A Signis Brasil tem tido papel fundamental na articulação dos meios de comunicação católicos em vista de sua missão de evangelizar. Com as nove emissoras de TVs católicas esse trabalho tem sido cada vez mais integrado.
Integração entre os canais católicos
De acordo com a vice-presidente da Signis Brasil, Osnilda Lima, a articulação do Setor Signis TVs, coordenado pelo Geizom Sokacheski, vem num processo mobilizador crescente, que tem gerado liga, sobretudo, na atuação de diversas iniciativas coletivas, com os nove canais de TVs, de inspiração católica que se somam à integração.
“Essa integração vem ocorrendo na produção e veiculação de pautas conjuntas; no debate para encontrar melhores soluções nas operações de sinal de televisão e rádio, mediante as mudanças para a internet 5G. Podemos afirmar que essa integração, no decorrer do tempo, pode favorecer ainda mais as TVs”, explica Osnilda.
A vice-presidente da instituição destaca uma fala do papa Francisco que afirma que o tempo é superior ao espaço. “O Papa Francisco nos ajuda nessa compreensão de ir além de uma ação individual de cada TV, que também é muito importante, mas no coletivo a chegada tem mais potência”, explica.
“Este princípio permite trabalhar a longo prazo, sem a obsessão pelos resultados imediatos. Ajuda a suportar, com paciência, situações difíceis e hostis ou as mudanças de planos que o dinamismo da realidade impõe”, trecho da fala do Papa (EG 222 a 225)
Para Osnilda Lima, nesse sentido, a integração poderá, a médio e longo prazos, ser uma força tremenda às TVs, seja no campo do fortalecimento de suas linhas editoriais específicas; na possibilidade de captação de recursos para a manutenção dos veículos; seja para as soluções de tecnologias e, também, para maior incidência sociotransformadora à luz do evangelho.
“No cenário nacional a capilaridade dos canais católicos atinge grande diferencial, especialmente em transmissões conjuntas. Quando unidas tornam-se a maior rede em canais abertos, cobrem todo o território nacional. Uma vez que somos TVs de inspiração católica, por diversos momentos as pautas se cruzam, e essa conexão fortalece a agenda da Igreja, com isso a capacidade de mobilização, incidência e transformação”, ressalta Osnilda.
A atual presidência no triênio 2020-2022, conta com o mestre e doutorando em ciências da religião e diretor executivo da Rede Católica de Rádio do Espírito Santo, Alessandro de Melo Gomes, na presidência; com a jornalista com pós-graduação em marketing e mídias digitais e assessora de imprensa da 6ª Semana Social Brasileira da CNBB, Osnilda Lima, na vice-presidência.
A secretaria é comandada neste triênio pelo jornalista doutor em história e pós-doutor em comunicação, Luís Henrique Marques e o teólogo, jornalista especializado em comunicação multimídia e ex-presidente da RCR (2011/2016) e SIGNIS Brasil (2016/2019), frei João Carlos Romanini cuida da tesouraria.
A presidência da Signis Brasil conta ainda com coordenadores de cada área como a de rádio sendo feita pela Angela Moraes, a de impressos pela irmã Maria Alba, a de televisão pelo Geizom Sokacheski, de juventude pelo Ricardo Alvarenga, educomunicação e pesquisa pela irmã irmã Helena Corazza e a de mobilização de recursos pelo padre Sérgio Gheller.
Criação da Signis Brasil
No dia 2 de dezembro de 2010, a Associação Católica para o Rádio e Televisão do Brasil (UNDA-Brasil), passou a ser a Signis Brasil. A mudança foi confirmada pela 12ª Assembleia da instituição que ocorreu entre 30 de novembro e 3 dezembro, em Curitiba (PR).
A primeira presidente da Signis Brasil foi a Irmã Helena Corazza, que deixou a presidência da Rede Católica de Rádio (RCR) para assumir a nova função. Para vice-presidente foi eleito o diretor da TV Aparecida, padre César Moreira. O secretário era o gerente da Rádio Aparecida, Antônio Celso Pineli, e o tesoureiro o diretor da Rádio Nova Aliança, da arquidiocese de Brasília, padre André Lima. A eleição da primeira presidência da instituição ocorreu em 2 de dezembro de 2010.
A criação da Signis Brasil ocorreu quando o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, era presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB. Na época, dom Orani ao saudar a primeira presidência eleita da nova instituição afirmou total apoio da CNBB.
“A nova Diretoria da Signis Brasil está entregue em boas mãos, pessoas que conhecem Igreja e a comunicação da Igreja. O próprio advento nos propõe esperança e confiança. A Signis Brasil pode contar com a interlocução da CNBB”, disse dom Orani na ocasião.
Os marcos nesses 10 anos de criação
- A maturação da Signis Brasil como Associação Católica de Comunicação;
- A organização e fortalecimento dos setores da Signis Brasil que agregam meios de comunicação, processos formativos, iniciativas de comunicação e profissionais da comunicação;
- A parceria e com a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e com a Pascom Brasil;
- E por fim, o projeto embrionário de uma Agência de Notícias;
Articulação Mundial
A Signis – Associação Católica Internacional de Comunicação, com sede em Bruxelas, ligada ao Pontifício Conselho para as Comunicações articula meios de comunicação católicos para trabalhar juntos na missão de mudar o mundo à luz do Evangelho.
A instituição que está presente em mais de cem países das Américas, da Europa, da África, da Ásia e da Oceania representa a mídia católica (Rádios, TVs, Internet e cinema) em várias organizações e instituições governamentais e não-governamentais.