O Papa Francisco quer estar em sintonia e proximidade com as pessoas envolvidas na epidemia de coronavírus. A partir desta segunda-feira, as missas na Capela da Casa Santa Marta serão transmitidas ao vivo. Na diocese de Roma, um dia de oração e jejum em súplica a Deus pelas vítimas do Covid-19, o novo corona vírus, foi convocado pelo vigário do Papa, dom Angelo De Donatis. Em carta, o prelado convidou a iniciativa para a próxima quarta-feira, 11.
Durante a oração do Ângelus de ontem, domingo, o Papa convidou os fiéis “a viverem este momento difícil com a força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade”, buscando “um sentido evangélico neste momento de provação e dor”. Na missa celebrada nesta segunda-feira na Capela da Casa Santa Marta, o Papa se fez próximo aos que estão sofrendo:
Nestes dias, oferecerei a missa para os doentes dessa epidemia de coronavírus, para os médicos, enfermeiros, voluntários que ajudam muito, familiares, para os idosos que estão em casas de repouso e para os presos. Rezemos juntos esta semana, esta oração forte ao Senhor: “Salva-me, Senhor, e dá-me misericórdia. Os meus pés estão no caminho certo. Na assembleia bendirei ao Senhor.
Diocese de Roma
“Vamos rezar por aqueles que estão infectados e por quem cuida deles; e pelas nossas comunidades para que sejam testemunho de fé e de esperança neste momento”, escreveu dom De Donatis, que presidirá uma missa no Santuário do Divino Amore, em Roma. A celebração vai ser transmitida pela página da diocese de Roma no Facebook.
Jejum e solidariedade
Além do jejum, renunciando a uma refeição no dia, a proposta do cardeal é aquela de ser “um sinal de esmola”: recolher ofertas que serão destinadas “ao apoio dos agentes sanitários que estão trabalhando com generosidade e sacrifício no cuidado dos doentes”. As doações poderão ser entregues ao Centro para a Pastoral Sanitária do Vicariato.
Redescobrir o essencial
O cardeal escreve ainda que, “nestes dias de oração e silêndio, senti fortemente o grito da nossa cidade, da Itália e do mundo. É uma situação pela qual não somos acostumados, que nos preocupa, mas, sobretudo, agora estamos sendo chamados a viver com a força da fé, a certeza da esperança, a alegria da caridade”.
À escuta da Palavra de Deus, De Donatis exorta a diocese a “ler este período com os Seus olhos, ajudando as comunidades a se voltar a Ele, a redescobrir aquilo que é essencial, a reencontrar o gosto pela oração”. E o cardeal acrescenta que são dias propícios para “incutir esperança, pela qual transmitir confiança e se colocar de joelhos para interceder pelo mundo”. É possível experimentar a força da oração, finaliza De Donatis, “quando somos conscientes das nossas fraquezas, das nossas fragilidades, do sentido de desorientação que provamos diante do imprevisto e do desconhecido”.
Fonte: CNBB