Carismática Católica celebram Pentecostes em encontro diocesano


O encontro aconteceu na quadra do Ginásio. (Foto: Patrícia Silva)


Membros da Renovação 



A Renovação Carismática Católica (RCC) da diocese de Crato celebrou este domingo de Pentecostes, 9 de junho, com um grande encontro que reuniu membros dos diversos grupos no Ginásio Poliesportivo de Juazeiro do Norte. A programação teve início pela manhã e foi concluída no fim da tarde com missa presidida por dom Gilberto Pastana concelebrada pelo padre Sebastião Monteiro.


“Sabemos que a Renovação é uma corrente de graças e hoje nos reunimos para celebrar o Pentecostes, pedir um novo Pentecostes em nossas vidas. Pra gente esta é uma data muito celebrativa, por isso todos os anos nos reunimos para festejarmos juntos, assim como os primeiros cristãos”, falou Hosana Passos, coordenadora diocesana da RCC.


O encontro também celebrou os cinquenta anos da Renovação Carismática no mundo. “Pra gente é um Pentecostes Jubilar. Estamos vivendo Jubileu de Ouro”, afirmou Hosana.


No decorrer do dia os cerca de dois mil participantes, de acordo com a organização, membros dos cento e vinte e seis grupos de oração e das Novas Comunidades, participaram de momentos de louvor, oração, pregação e testemunho.


Celebrar Pentecostes


Durante a homilia, dom Gilberto falou sobre o sentido da celebração de Pentecostes. “Celebrar a Solenidade de Pentecostes é celebrar a presença da Trindade em nossa vida. Do Espirito Santo, do Filho e do Pai que vem habitar em nossa vida a medida que nós nos deixamos conduzir pelo seu Espírito”, disse.


Dizendo imaginar a alegria dos discípulos no dia de Pentecostes, o bispo reforçou a necessidade dos fiéis deixarem que suas vidas sejam conduzidas por Deus. “Hoje é dia dessa renovação. O dia de percebermos o quanto a nossa vida é mediação para o amor de Deus na vida das pessoas. A nossa vida deve ser a vida de Deus em nós. Deixar que Ele nos leve para a missão, que Ele atinja as pessoas pela sua morada que deve estar, se nós permitirmos, em nós. Isso é a Solenidade de Pentecostes”, continuou.


Refletindo sobre o relato de Lucas em Atos dos Apóstolos, quando o discípulo diz que estavam unidos e reunidos quando as chamas de fogo foram se multiplicando na vida das pessoas de diversas culturas e línguas, o bispo disse que a linguagem do amor foi o que fez eles se compreenderem. “A linguagem do amor é a linguagem do entendimento, do acolhimento, do  respeito, da observância dos mandamentos, por isso eles se entenderam. Partos, medos, elamitas, todos entenderam, em sua língua, a linguagem do Espírito, do amor, que é a linguagem da união, da vida”, falou dom Gilberto, acrescentando que, a partir dai, todos foram impulsionados à testemunharem o que receberam.


Diversidade de dons


Ainda na homilia dom Gilberto refletiu sobre a diversidade de dons. “Os que deixam se conduzir pelo Espírito Santo têm a consciência de que o Espírito é um só, mas há diversidade de dons. Essa diversidade não é para dividir, não é para competir, não é para dizer que sou mais santo do que tu ou que sou melhor do que tu. Como diz São Paulo, essa diversidade é para colocar em comum”, afirmou.

Momento da homilia. (Foto: Patrícia Silva)


O bispo ainda explicou que o trabalho do cristão diante dos dons que Deus dá é aperfeiçoá-los e colocá-los a serviço da comunidade. “Deus não nos dá os dons para usarmos egoisticamente, para enriquecermos com eles, para nos sentirmos superiores. Ele nos dá para colocarmos a serviço do bem comum, da comunidade. A comunidade sim é enriquecida com todos os dons quando todos colocam em comum os seus dons. Quando eu estou na comunidade, então sou agraciado também com os dons que Deus não me deu, mas são revelados dentro da comunidade e são partilhados para que eu viva melhor, para que eu compreenda melhor a nossa missão no mundo e o nosso seguimento a Jesus”, disse.


Dom Gilberto concluiu afirmando ser importante viver em comunidade, pois é nela que se percebe a pluralidade de dons, à medida que cada um se coloca a disposição para servir a partir dos dons que Deus deu.


Por: Jornalista Patrícia Silva (DRT 3815/CE)