Na Igreja Católica, a imagem encaminha os cristãos para Deus, alertando-os do perigo de não colocar criaturas ou coisas no lugar de Deus. Venerar as imagens dos santos é uma forma de glorificar a Deus, indo ao seu encontro, identificados como criaturas humanas frágeis, mas heroicas nas ações em favor do projeto de Deus. Carinhosamente, são venerados como figuras exemplares e referenciais.
O culto às imagens foi, e continua sendo, um meio edificante a nos levar a refletir sobre acontecimentos e fatos inusitados, especialmente no mundo da religiosidade popular, sem esquecer, evidentemente, da ação redentora de Deus nos cristãos, através da imersão no mundo da arte, do abstracionismo e da simbologia. O mundo das imagens é inseparável do mundo da religiosidade popular, registrados nos acontecimentos no decorrer da História e da caminhada do povo de Deus.
Na história da pintura e das artes, a Igreja jamais dispensou seus talentosos artífices e gênios, tais como Dante Alighieri (1265-1321) e Michelangelo (1475-1564), entre muitos, sem esquecer que, quando arte medieval, se encontrou com o Renascimento, e contemplou-se a dadivosa bondade de Deus em Giotto di Bondone (1267-1337), pintor e arquiteto italiano, ao externar seu mais elevado rigor inovador, quanto cultural e artístico. Pela vida de São Francisco de Assis, São João Batista, entre outros primorosos trabalhos, temos uma visão quão humana e esplendorosa do mundo, na identificação das figuras dos santos aos seres humanos, imagem e semelhança de Deus.
A Igreja, hoje, volta-se para o interior da pessoa, na simplicidade e no despojamento dos bens deste mundo, buscando, evidentemente, abraçar os bens que não passam. Que a talentosa Ana Paula Dornelas Guimarães de Lima, conhecida atualmente no Brasil por produzir imagens de santos “fantasiados” de personagens da cultura “pop”, possa se juntar aos gênios da História, somando esforços, na lógica do projeto do Reino de Deus, instaurado por Jesus de Nazaré: “Beleza sempre antiga e sempre nova”. Amém!