Terça-feira, 18 de setembro de 2018, faltando pouco tempo para o início do Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, a Santa Sé publicou a Constituição Apostólica do Papa Francisco denominada “Episcopalis Communio”. Basicamente este documento trata da estrutura deste organismo criado por Paulo VI em 1965. O Papa Francisco afirma nesta Constituição Apostólica que o Sínodo dos Bispos é uma das “heranças mais preciosas do Concílio Vaticano II”, enfatizando que a “eficaz colaboração” deste organismo com o Pontífice Romano que exige uma especial ciência e prudência pelo bem de toda a Igreja. O Papa afirmou que “neste momento histórico em que a Igreja Católica está iniciando uma nova etapa evangelizadora, através de um estado permanente de missão, o Sínodo dos Bispos é chamado a se tornar sempre mais um canal adequado para a evangelização do mundo de hoje” (Fonte: Vatican News).
O bispo, segundo o Papa é contemporaneamente “mestre e discípulo”, e seu compromisso é, ao mesmo tempo, missão e escuta da voz de Cristo que fala através do Povo de Deus. O Para espera que o Sínodo: “tem que se tornar sempre mais um instrumento privilegiado de escuta do Povo de Deus, através da consulta dos fiéis nas Igrejas particulares, porque mesmo que seja um organismo essencialmente episcopal, não vive separado do restante dos fiéis”. O Sínodo então será um instrumento apto a dar voz a todo o Povo de Deus por meio dos bispos. Será uma expressão eloquente da “sinodalidade” da própria Igreja. Portanto, deve existir uma profunda comunhão, seja entre os pastores e fiéis, e entre bispos e o Pontífice Romano (Fonte: Gaudium Press e Vatican News).
A esperança do Papa Francisco é que a atividade do Sínodo possa a seu modo contribuir ao estabelecimento da unidade entre todos os cristãos, “segundo a vontade do Senhor”. Assim, este organismo ajudará a Igreja Católica, na expressão de São João Paulo II em sua encíclica “Ut unum sint”, a “encontrar uma forma de exercício de primado que, não renunciando de modo algum à essência de sua missão, se abra a uma nova situação” (Fonte: Vatican News).