Na festa da Conversão de São Paulo, a Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, encheu-se de alegria humana e espiritual. É que seis novos diáconos transitórios (ministério dado àqueles que se preparam para o sacerdócio) foram ordenados para a Igreja de Crato.
Inspirados no lema: “Como aquele que serve”, retirado do Evangelho de São Lucas (cf. Lc 22, 27), Árysson Rodrigues Magalhães e Francisco José Bezerra de Sousa, ambos naturais da Paróquia São Raimundo Nonato, em Várzea Alegre; Carlos Aguiar Terto Gonçalves, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Quitaiús; Jeferson dos Santos Pereira, da Paróquia Nossa Senhora da Penha (Sé-Catedral), em Crato; Francisco Rafael Félix de Sousa, da Paróquia Menino Jesus de Praga; e Antônio Marcus Dantas Silva, da Paróquia Nossa Senhora das Dores (Basílica Santuário), ambas em Juazeiro, receberam o ministério diaconal pela imposição das mãos e oração do bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana.
Diante do povo de Deus, simbolicamente representado na presença dos pais e familiares, amigos, companheiros e superiores do Seminário São José, em Crato, e as várias comunidades paroquiais, que acompanharam os candidatos no despertar e no caminho vocacional, a cerimônia começou às 18h, desta sexta-feira, dia 25 de janeiro, sob o canto litúrgico do Ministério de Música da Comunidade Católica Shalom e a Orquestra da Sociedade Lirica do Bel Monte (Solibel). A festa de ordenação para o ministério do Serviço foi concelebrada pelo bispo de Tianguá, Dom Edimilson Neves, padres da Diocese de Crato e de outras dioceses.
Durante a homilia, acolhendo a todos os participantes da celebração, o pastor diocesano expressou sua alegria e satisfação em ordenar seis jovens seminaristas para o serviço do diaconato. “Somos gratos ao nosso bom Deus e Senhor por Ele continuar enviando pastores para a sua messe. Alegramo-nos com a sua decisão em responder ao chamado do Senhor”, disse. E olhando ternamente para os ordenandos, exortou: “Venham assumir, juntos, o compromisso e as consequências de serem discípulos de Jesus”.
Ordenados para o serviço
O Rito de Ordenação Diaconal tem seu ponto alto na imposição das mãos e na oração realizada pelo bispo. Nela, a Igreja, personalizada no pastor diocesano, em pé com as mãos estendidas, pede ao Espírito Santo que consagre os candidatos, como diáconos. Estes, de joelhos, recebem a imposição das mãos e confiam-se a essa meditação.
Esse conjunto de gestos os confere no ministério clerical. Ainda não são sacerdotes, são consagrados ao serviço do altar. Podem, com isso, assistir aos bispos e aos padres nas celebrações, proclamar o Evangelho, assistir matrimônios, administrar batizados, conservar e distribuir a Eucaristia e conceder bênçãos, como a do Santíssimo Sacramento.
“A nossa alegria não é mera sensação eufórica, mas tem sabor de vitória. Foram muitos anos de dedicação aos estudos, de reflexão e questionamentos, para não se perder de vista o nosso ponto de partida. Mas a graça de Deus não foi em vão, por isso aqui chegamos. É uma nova etapa. Daqui para a frente, compete, a cada um de nós, viver o seu ministério na doação a Deus e no serviço aos irmãos”, disse o agora diácono Rafael Félix, em nome dos demais.
Para entender o Rito
Terminada as exortações, na homilia da Missa, o bispo interrogou os eleitos sobre seus propósitos. Por ser um ministério ao serviço do povo, o desejo de assumir essa missão deve ser livre e espontâneo. Daí a indagação feita na presença da comunidade.
Seguindo o rito, os seis candidatos prometeram respeito e obediência. Passada essa parte, toda a assembleia entoou a Ladainha, pedindo a Deus que derramasse bênçãos sobre os seus servos, que se prostraram ao chão em sinal de total entrega ao Senhor, e a Ele se confiando plenamente.
Depois, estando os ordenandos de joelhos, Dom Gilberto impôs as mãos sobre cada um. Neste rito de ordenação diaconal, apenas o bispo é quem impõe as mãos. Na ordenação sacerdotal, os padres presentes também o fazem.
Após breve momento de silêncio, o pastor de Crato, de mãos estendidas, proferiu a prece de ordenação. Os familiares dos, agora, diáconos, vestiram-nos com a estola diaconal e a dalmática. De joelhos, os ordenados receberam o Livro dos Evangelhos. Por fim, com um paterno abraço, o bispo acolheu os novos diáconos, desejando-lhes a paz. Os diáconos permanentes também o fizeram, como gesto de acolhida aos irmãos no ministério.
Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação